Há Luz no Parque

O mês de Agosto sempre foi mais calmo para quem não estava de férias, no Porto. Era fácil circular pela cidade, a qualquer hora, a calmaria antes da tempestade do regresso às aulas, em Setembro.

Agora já não é assim. Agora todos os meses há um rebuliço de gente, um pouco por todo o lado. 

Teremos que nos adaptar a esta nova realidade e contribuir para que a cidade nunca perca a sua verdadeira essência, nem os seus, nem a sua gastronomia, porque sem esta santíssima trindade jamais voltará a ser Porto.

Tem sido um desafio incrível, esta fase de adaptação, porque me compele constantemente na procura daquele recanto, miradouro, jardim ou programa cultural longe da turba.

Ontem dei por mim num dos meus sítios favoritos, lugar onde fui feliz a plantar centenas de árvores, milhares de plantas, ao longo de 6 anos de intensa actividade profissional, como Encarregado Geral dos Jardins.

Fui finalmente visitar a instalação "Há Luz no Parque" de Serralves e passei alguns dos momentos mais sublimes dos últimos tempos. 

Deambular pelo Parque, com árvores e caminhos brilhantemente iluminados, após um concerto no ténis, transporta-nos para um mundo que não nos é perceptível durante o dia.

É como se abrisse um portal que nos transporta para outra dimensão, com formas, cores, sons e perfumes que não nos são revelados à luz do astro rei.

E o mais extraordinário é a paz que nos invade, bem como o regozijo de termos conquistado o "olho do furacão" da cidade e dele sairmos serenos e incólumes.

E se dúvidas houvesse que esta família é verde, a noite mágica em Serralves veio para sempre esclarecer que sim, porque é verdade.





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